quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A COMPUTAÇÃO GRÁFICA NA ARQUITETURA

PAIXÃO POR COMPUTAÇÃO GRÁFICA!SABENDO USA LÁ AO SEU FAVOR, ELA SE TORNA SUA ALIADA NOS PROJETOS ARQUITETÔNICO.



Por: Elisângela Reis Rabelo


       Estive lendo uma pesquisa realizada para avaliar como está a indústria da Computação Gráfica com foco na arquitetura e resolvi publicar aqui no blog. O trabalho foi realizado por Jeff Mottle da CGarchitect.com e originalmente publicado em: http://www.cgarchitect.com/news/Reviews/Review070_1.asp com o título CGarchitect 2009 Industry Survey Results - Spotlight on the Future of the Architectural Visualization Industry.

      Apesar de ser uma pesquisa realiza com um cenário do ano de 2009, os dados demonstram como estamos evoluindo e em que direção. Isso poderá nos ajudar a definir onde precisamos focar nos esforços a fim de obtermos nos clientes.


        Segundo a pesquisa, entre os anos de 2006 e 2009 houve um aumento de 12% no número de pessoas que passaram a utilizar o uso de recursos de computação grafica (CG) na visualização de trabalhos de arquitetura (fig.1).



        Esta figura (fig. 2)mostra que os trabalhos de projetos Comerciais e Residenciais são os que mais se utilizam de recursos de CG no mercado.
        Este gráfico mostra a demanda por profissionais que utilizam essa tecnologia em relação a apresentação tradicional.





        Este gráfico mostra que Cinqüenta e cinco por cento dos entrevistados tem seus clientes baseados na mesma cidade ou país, apesar da globalização e dos novos meios de comunicação as pessoas esquecem que podem captar muitos trabalhos em outros paises.





        Estes dois últimos gráficos mostram os valores médios cobrados por cada imagem/animação em CG. Como podemos ver a maioria das empresas cobram menos de uS$ por uma única imagem e menos de uR$10 mil por animação. Paises da América do Sul, Europa Oriental e Ásia são os que cobram os menores preços do mercado.



      Particularmente esse é o gráfico mais importante pois nos ajuda a definir quais softwares devemos melhor direcionar nossos esforços. Vemos que houve um aumento de 15% no número de usuários de 3ds Max e esse software é de longe o mais utilizado no mercado da arquitetônica (84%). O Revit cresceu 10%, mas ainda é muito pequeno. E concordo com o autor e outros especialistas que esse será o substituto do AUTOCAD num futuro muito próximo devido a gama de recursos que ele oferece.
       Quanto aos renderizadores temos o V-Ray, Brasil e Final Render todos muito bons, mas como podemos ver o V-Ray cresceu 24% e está se tornando lider dessa indústria, enquanto o Brasil e Final Render amarga queda de 5%. E não é para menos, tendo em vista a qualidade e facilidade de uso do V-ray.






         Estes dois últimos gráficos mostram como as pessoas estão se sentindo em seus empregos com CG e a taxa de empregos perdidos. Os dados apontam para uma industria muito otimista capazes de enfrentar as crises nos mercado (75%), mas demonstra ainda que 45% das empresas perderam trabalhos para pessoas que desenvolvem suas atividades individualmente como autonomos.


        Como vemos cerca de 40% dos entrevistados indicaram que terceirizam o trabalho a fim de reduzir custos. No entanto, apenas25% ou menos do trabalho total é posto para fora da empresa e a liderança fica por conta da modelagem.
         Há outros gráficos apresentados na pesquisa que trata sobre o nível de funcionarios nas empresas, as taxas de deminssões e contratações de novos talentos e onde cresce a demanda. Devido ao número de demissões que as grandes empresas tiveram que realizar devido a crise economica que passamos, houve um aumento no número de freelancers que trabalham com CG na arquitetura, com isso podemos esperar quedas nos preços e aumento da qualidade dos trabalhos devido a concorrência que o mercado irá gerar. A demanda nos serviços vem aumentando, principalmente aqui no Brasil com o boom da construção civil e o marqueting das construtoras são os principais responsáveis por este crescimento.
        Muita gente está entrando no mercado que ainda é novo no pais. Mas já podemos ver em vários sites, foruns e blogs muita gente novata e cheio de talento. Portanto, o que vale aqui é a experiencia, dedicação e muito estudo. E, pelo que vemos por ai, o mercado está crescendo e a demanda aumentando. E não apenas a demanda local, mas as grandes empresas de todas as partes do mundo estão buscando talentos que as mesmas perderam devido a recessão.
        Não publiquei integralmente a pesquisa por pertencer a terceiros, mas acredito que já tenha servido para que muitos já possam enchergar que temos um grande mercado se abrindo a nossa frente e quem sair a frente tem grandes chances de se dar bem.







IMPRESSÃO EM 3D! ESTÁ VINDO AÍ A EVOLUÇÃO DA MAQUETE.


         É sabido que as impressoras 3D não foram criada para arquitetos. Na verdade a maioria dos fabricantes de impressoras 3D provavelmente nem sequer vêem a possibilidade para usar suas máquinas na Arquitetura. Em vez disso, esses equipamentos foram criados para a indústria aeroespacial, engenharia automotiva, designers e outras indústrias que exigem a produção de protótipos físicos para testar ou demonstrar alguns ou todos os seus elementos.
      Avanço rápido na tecnologia fez com que nos últimos 20 anos muitas empresas integrassem aplicações 3D CAD usadas em o escritório no processo de design. A arquitetura pode ser muito beneficiada com essa tecnologia de impressão 3D. No entanto, existem fatores que ainda limitam a sua total integração a esta áreadevido às técnicas pré-existentes de design para a visualização e o fato de que muitas aplicações permite a modelagem de superfície ou desenho de linha, em vez de apenas modelagem de sólidos com volume. Mas muita coisa boa pode ser aproveitada.
     A impressão 3D (I3D) é uma forma de Manufatura Aditiva (MA). A Manufatura Aditiva (em oposição aos processos maquinais subtrativos), é a produção de objectos físicos juntando materiais líquidos, em pó ou em folha. Há vários tipos de Manufatura Aditiva, também designada por Manufactura de Sólidos de forma livre ou Prototipagem Rápida.
    A impressão 3D é uma das possibilidade de MA, usa cabeças de impressão ou cabeças de impressão de jato de tinta, que em vez de tinta dispensam o material ou o agente de agregação em camadas, claro que há exceções como por exemplo a impressora 3D a luz solar e que usa areia como meio.
    As camadas sucessivas (layers) juntas formam um objecto sólido, normalmente construído de baixo para cima. A I3D é normalmente um processo mais rápido e barato que as demais técnicas de MA. Por essa razão a I3D é normalmente a solução mais apropriada para reprodução de peças de arquitetura, engenharia e aplicações de construção - AEC.
    Os primeiros protótipos de impressoras 3D começaram a aparecer nos anos 80, com Charles Hull nos EUA, fundador da 3D Systems e da estereolitografia[en] aplicada à prototipagem, sendo ainda detentor de 60 patentes nesta área e, Akamine que no Japão lançou o que designou por Solid Laser Plotter.
    A série SLP baseia-se em fotolitografia a laser. Tem semelhanças com o sistema Mitsui Zosen COLAMM onde o modelo era construído invertido, ligado a uma plataforma que se levanta a cada camada sucessiva que se junta pela parte de baixo. Uma camada de resina líquida é depositada numa placa especialmente preparada e transparente ao laser. A plataforma e a estrutura já construída é baixada até à resina, deixando entre a peça e a placa uma película líquida com a espessura correta para a camada seguinte. Uma nova camada é "escrita" por debaixo da placa usando uma fotoexposição convencional, movendo o feixe usando uma traçadora XY. Depois de ter sido escrita a nova camada, a nova estrutura é elevada, separando a camada da placa e o processo é repetido até que todas as camadas estejam colocadas. A montagem final é retirada da placa de suporte.
Nestes quase 30 anos foram sendo desenvolvidos equipamentos primeiro de caráter industrial, depois de caráter profissional e finalmente produtos de caráter pessoal, embora ainda para pessoas com muita curiosidade e gosto por "sujar as mãos". De equipamentos que custavam algo entorno do milhão de dólares a algo que custa cerca de 1000/3000 €. Algumas destas impressoras são vendidas em kit e algumas delas são open source, podendo ser reproduzidas visto estar disponível quer os seus projetos quer o seu software como por exemplo as reprap e as makerbot. Há ainda serviços na web para os equipamentos de gama mais alta, como por exemplo a shapeways.

Fonte: http://fsoaresrn.blogspot.com/




Até logo amigos!

















segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PONTE SOBRE O RIO NEGRO


OBRA ARQUITETÔNICA QUE  FASCINA COM SUA GRANDIOSIDADE MODERNA! NOS LAVANDO PARA UM FUTURO QUE JÁ COMEÇOU.

Por: Elisângela Reis Rabelo
    




Divulgação: Gerdau 
 Com 3,5 km de extensão, ponte tem dois trechos convencionais nas margens do rio e dois estaiados no centro, além de estacas com até 100 m
      
   A obra foi realizada pela Camargo Corrêa e durou três anos e 10 meses. Com 3,6 km de extensão, a construção custou aproximadamente R$ 1,099 bilhão. O valor incluiu também obras complementares, como a execução de 7,4 km de acessos viários e sistemas de proteção dos pilares contra choque de embarcações, de sinalização náutica e de iluminação da ponte e dos acessos.
         Para a construção do trecho estaiado foram içadas 52 aduelas no vão central da ponte. Cada uma das aduelas içadas no vão de 400 m de extensão pesa 255 t, tem 22 m de largura e 7 m de comprimento. Para o içamento, foram utilizados dois guindastes especiais, importados da China e da Inglaterra.
         Segundo o engenheiro Catão Ribeiro, diretor da Enescil, empresa responsável pelo projeto executivo da obra, as aduelas, pré-moldadas, foram içadas por quatro cabos ligados a uma treliça, que suporta 320 t. Após o içamento, as peças foram coladas com resina epóxica. As aduelas foram moldadas em balsas, visando a rapidez da construção. Esse mesmo processo foi utilizado para a construção da ponte Rio-Niterói e da Linha Amarela, no Rio de Janeiro.
          No total, a ponte tem 73 vãos, divididos por 72 estacas distantes entre si a cada 45 m. A largura do trecho corrente é de 20,70 m, enquanto a da seção estaiada é de 22,60 m. A altura do vão central é de 55 m, permitindo um gabarito de 55 m durante a época de cheias e de até 70 m na seca.
          De acordo com Ribeiro, a grande dificuldade encontrada durante a construção foi a cheia do rio, a maior desde 1957. Além disso, as lâminas d'água de até 50 m, que exigem estacas de quase 100 m e o desconhecimento do solo do rio, fizeram com que a obra atrasasse. Para algumas estacas, foi necessária a utilização de um bloco-casca, sistema em que uma "casca" pré-moldada é inserida no fundo do rio, no local da estaca, e que é concretada após a retirada da água de dentro dela.
          Segundo a Camargo Corrêa, a estrutura consumiu 161 mil m³ de concreto, equivalente a 25 prédios de 20 andares ou dois estádios do Maracanã. Só de aço foram utilizadas 14.500 t, divididos entre aço CA-50 (12.300 t), aço CP-190 RB (1.630 t) e aço CP-172 RB (570 t).
Resumo da obra
Comprimento total da ponte: 3,6 km
Número de vãos: 73
Extensão do trecho estaiado: 400 m
Extensão do vão central: 2 x 200 m
Largura do trecho corrente: 20,70 m
Largura da seção estaiada: 22,60 m
Altura do vão central: 55 m
Altura do mastro central: 103 m
Número total de estais: 56
Total de vigas pré-moldadas: 213
Número total de estacas escavada: 246
Volume de concreto por estaca: 2.800 sacos de cimento

Divulgação: Gerdau


Divulgação: Gerdau


Divulgação: Gerdau


Divulgação: Gerdau


Ponte Rio Negro.jpg
Ponte Rio Negro ao entardecer

         Ao lado do ex-presidente Lula, presidenta Dilma inaugura a ponte Rio Negro, em Manaus. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


“Essa ponte mostra que é possível fazer com que aqui se gere empregos e, ao mesmo tempo, se preserve o meio ambiente”.
(Disse a presidente Dilma sobre a obra que levou três anos e dez meses para ser concluída, e gerou 3,4 mil empregos diretos.)

É o reconhecimento da situação do povo do Amazonas e também do que representam a floresta e a biodiversidade, essa imensa riqueza”.
( Presidente Dilma)









Fonte de pesquisa: Revista PINI WEB
http://www.piniweb.com.br/construcao/tecnologia-materiais/ponte-sobre-o-rio-negro-e-inaugurada-em-manaus-239964-1.asp

http://blog.planalto.gov.br/presidenta-inaugura-ponte-rio-negro-e-assina-proposta-para-prorrogar-zona-franca-de-manaus/

sábado, 7 de janeiro de 2012

PROJETO DO MONOTRILHO DE MANAUS

Metrô de Manaus (Monotrilho)
Um sistema capaz de atender 170 mil pessoas/dia e de reduzir o tempo de deslocamento dos passageiros em até 1 hora, o Monotrilho é a opção de sistema de transporte a ser adotada pelo Governo do Estado para atender a crescente demanda de usuários de transporte coletivo da capital. O modelo, um tipo de metrô de superfície que trafegará em via exclusiva suspenso em vigas, que ligará na primeira etapa a Cidade Nova ao Centro tendo como eixo a Constantino Nery, tem ainda a vantagem de desobstruir as ruas, e de contribuir com a preservação do meio ambiente por meio de tecnologia que inibe a emissão de poluentes e de ruídos

Terminal / Estação Tipos do Metrô de Manaus

Arquitetura da Estação Tipo

Estação Tipo Internamente


Estação Arena da Amazônia


Estimado em R$ 995 milhões, com fontes de financiamento que incluem recursos do Estado e do Governo Federal, além de BNDES, CEF, BID e iniciativa privada, o sistema de Monotrilho agrega conforto, segurança e acessibilidade, sobretudo para pessoas com necessidades especiais, facilidade de integração com outros sistemas de transporte, curto prazo de implantação e baixos custos de manutenção. A expectativa é que a primeira etapa esteja concluída em meados de 2013.

O projeto, apresentado na audiência pública, na UEA, elaborado pela empresa de consultoria PwC, tem design moderno mas simples com seis estações de estrutura de lajes para plataforma e mezaninos soltos sobre os pilares. A propostas prevê acomodação da estação no eixo das avenidas, usando parte do canteiro central existente. A solução prevê nas seis estações conjunto de escadas rolantes e fixas, além de elevador para pessoas com necessidades especiais.

Nos mezaninos estarão estarão alojados as bilheterias e uma área para salas operacionais.

Ao longo do tronco central está sendo considerada a implantação de estações em pontos estratégicos para integração (Terminais Santos Dumont e Arena, onde ocorrerão os jogos da Copa 2014), além de paradas intermediárias relevantes para o acesso dos usuários.

       Na segunda fase da obra, prevista para 2014, está prevista a extensão da linha até o Largo da    Matriz. A longo prazo, a intenção é fechar um anel ligando todas as regiões da cidade.

Opções

       A solução duradoura de mobilidade urbana levou em consideração a crescente elevação da frota de veículos – na média de 8%, a maior do País entre as grandes capitais – e de ônibus, em torno de 7,3%, e a necessidade de liberação de espaços para a circulação de carros e de pedestres.


Além do Monotrilho, foram estudadas as opções de metrô subterrâneo, inviável pelos altos custos demandados pela extensão dos lençóis freáticos, e VLT (Veículo Leve sobre Trilho), sistema de ônibus em faixas exclusivas (BRT), descartado por ocupar grande espaço público e impor desapropriações em grandes áreas.

O atual sistema de ônibus apresenta elevada sobreposição de linhas e restrições físicas para a ampliação da capacidade de fluxo de passageiro das principais avenidas da cidade.

O sistema atende também a um requisito da Fifa de mobilidade urbana para os jogos da Copa 2014.
Fonte : PwC/SEPLAN-AM

  

 



ARIAÚ AMAZON TOWERS - Hotel de selva em harmonia com a natureza



O Homem em harmonia com a natureza
      O Ariaú Amazon Towers está localizado a 60 quilômetros noroeste de Manaus - Brasil, ao longo da margem direita do Rio Negro, no Parque Estadual do Rio Negro e no começo do Arquipélago das Anavilhanas. Harmonizando-se com as copa das árvores da floresta, confortáveis acomodações permitirão a você experimentar a observação de flora e fauna da região. O hotel oferece a exclusiva excursão de interação com com botos (golfinhos de água doce. A vista panorâmica aparentemente das nossas torres de observação realçará este sentimento de vastidão e poder da natureza em sua plenitude.


       Inaugurado em 1987 é acessível por barco regional (2 horas), helicóptero (15 minutos) e lancha rápida (50 minutos). Acomodações: 150 apartamentos e suites especiais com varanda e banheiro privativo, construídos sobre palafitas ao nível da copa das árvores. Duas piscinas refrescam os hóspedes do calor amazônico e duas torres de observação de 41 metros de altura. Possui um sistema de passarelas com mais de 6 quilômetros e um auditório panorâmico com vista para o rio Negro e floresta amazônica com capacidade para 300 pessoas, com toda infraestrutura audiovisual.
       Suites panorâmicas com vistas incríveis para o rio/floresta, com todo o conforto de um hotel de primeira categoria, os apartamentos standard com ar condicionado e chuveiro elétrico, todos com banheiro e varanda privativa.
       Sala de TV e vídeo, salão de chá e lazer e oficina com internet na área da recepção e no salão de eventos wi-fi via satélite (conexão de 128 Kbps) completam a infra-estrutura de lazer, não esquecendo é claro de suas excursões na floresta (incluindo passeio de canoa, caminhada na selva, pesca da piranha, visita à casa de nativos e passeio noturno pela floresta) são realizados com segurança e orientações de um guia bilíngue. Dois restaurantes e um bar servem, com o paladar amazônico, os mais variados pratos e bebidas. Três refeições por dia em estilo buffett como pratos quentes como diversos tipos de carnes, aves , peixes da região, massas, feijão, arroz, sopa-do-dia, saladas diversas, pães feitos na hora, sucos de frutas da Amazônia, seleção de frutas exóticas, doces e sobremesas regionais.










quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

INPA - INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA

SERÁ NESTE INSTITUTO QUE FAREI MEU MESTRADO : SUSTENTABILIDADE NA ARQUITETURA AMAZÔNICA
Mas esse objetivo ficará para um futuro mais próximo



Falando um pouco do INPA

Histórico

Criado em 1952 e implementado em 1954 - o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) - ao longo dos anos, vem realizando estudos científicos do meio físico e das condições de vida da região amazônica para promover o bem-estar humano e o desenvolvimento sócio-econômico regional. Atualmente, o INPA é referência mundial em Biologia Tropical.
Os primeiros anos do INPA foram caracterizados pela exploração da área por meio de pesquisas, levantamentos e inventários de fauna e de flora. Hoje, o desafio é expandir de forma sustentável o uso dos recursos naturais da Amazônia.
Para cumprir o desafio, o Instituto possui doze Coordenações de Pesquisas: Botânica; Biologia Aquática; Ecologia; Aquacultura; Tecnologia de Alimentos; Silvicultura Tropical; Ciências da Saúde; Produtos Florestais; Produtos Naturais; Entomologia; Ciências Agronômicas; Clima e Recursos Hídricos e um Núcleo de Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais, o qual foi criado para trabalhar com as populações tradicionais da região. O INPA possui três núcleos de pesquisas localizados nos Estados do Acre, Roraima e Rondônia.














UMA SINGELA HOMENAGEM AO MEU CUNHADO AFONSO RABELO PESQUISADOR DO INPA E  AUTOR DO LIVRO: GUIA DE IDENTIFICAÇÃO - Das Palmeiras de Porto Trombetas - PA



TEATRO AMAZONAS - HERANÇA ARQUITETÔNICA DO AUGE DO CICLO DA BORRACHA




HERANÇA ARQUITETÔNICA DE ENCHER OS OLHOS DE QUEM CONTEMPLA

              O Teatro Amazonas é um dos mais importantes teatros brasileiros, foi construído com verba do ciclo da borracha. A história do inicia-se em 1881, quando o deputado A. J. Fernandes Júnior apresentou o projeto para a construção de um teatro em alvenaria, na cidade de Manaus. A proposta foi aprovada pela Assembléia Provincial do Amazonas e começaram as discussões a respeito da construção do prédio. Manaus, que vivia o auge do ciclo da borracha, era uma das mais prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias européias e americanas. A cidade necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias de espetáculos estrangeiras e a construção do teatro, assim, era uma exigência da época. O projeto arquitetónico escolhido foi o de autoria do Gabinete Português de Engenharia e Architetura de Lisboa, em 1883. No entanto, em meio às discussões a respeito do local para a edificação e os custos da obra, a pedra fundamental só foi lançada em 1884. As obras transcorreram de forma lenta e somente no governo de Eduardo Ribeiro, no apogeu do ciclo da borracha, a construção tomou impulso. Foram trazidos arquitetos, construtores, pintores e escultores da Europa para a realização da obra. A decoração interna ficou ao encargo de Crispim do Amaral, com exceção do salão nobre, área mais luxuosa do prédio, entregue ao artista italiano Domenico de Angelis. A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a platéia e os três andares de camarotes. No salão nobre, com características barrocas, destaca-se a pintura do teto, denominada "A Glorificação das Bellas Artes na Amazónia", de 1899, de autoria de Domenico de Angelis. Destacam-se os ornamentos sobre as colunas do pavimento térreo, com máscaras em homenagem a dramaturgos e compositores clássicos famosos, como Ésquilo, Aristóphane, Moliére, Rossini, Mozart, Verdi, Chopin e outros. Sobre o teto abobadado estão afixadas quatro telas pintadas em Paris pela Casa Carpezot - a mais tradicional da época -, onde são retratadas alegorias à música, dança, tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro Carlos Gomes. Do centro, pende um lustre dourado com cristais, importado de Veneza, que desce até ao nível das cadeiras para a realização de sua manutenção e limpeza. Destaca-se, ainda na sala de espetáculos, a pintura do pano de boca do palco, de autoria de Crispim do Amaral, que faz referência ao encontro das águas dos rios Negro e Solimões. O teatro possui diversos ambientes, concebidos com diferentes materiais, daí ser considerado um espaço sobremaneira eclético. É, sem dúvida, o mais importante prédio da cidade, não somente pelo seu inestimável valor arquitetónico, mas principalmente pela sua importância histórica, uma prova viva da prosperidade e riqueza vividos na fase áurea da borracha. O teatro é referência para espetáculos regionais, nacionais e internacionais. Já passaram pelo palco do Teatro Amazonas: Margot Fonteyn e Christoph Schlingensief. Foto: Tirada por Elisângela Reis Rabelo / Wikipedia

O NOSSA ESTADO DO AMAZONAS É ASSIM! MUITAS BELEZAS NATURAIS DE ENCHER OS OLHOS!

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE FIGUEIREDO

Criado no dia 10 de dezembro de 1981 , Presidente Figueiredo recebeu este nome em homenagem ao primeiro Presidente da Província do Amazonas: João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha.
Com um território do tamanho da Holanda , Presidente Figueiredo possui mais de 100 cachoeiras dentro da selva amazônica. As quedas d' água se devem a proximidade com as Guianas Francesas.





    
        

Filho da floresta, água e madeira

Filho da floresta,água e madeira
vão na luz dos meus olhos,
e explicam este jeito meu de amar as estrelas
e de carregar nos ombros a esperança.

Um lanho injusto, lama na madeira,
a água forte de infância chega e lava.

Me fiz gente no meio de madeira,
as achas encharcadas, lenha verde,
minha mãe reclamava da fumaça.

Na verdade abri os olhos vendo madeira,
o belo madeirame de itaúba
da casa do meu avô no Bom Socorro,
onde meu pai nasceu
e onde eu também nasci.

Fui o último a ver a casa erguida ainda,
íntegros os esteios se inclinavam,
morada de morcegos e cupins.

Até que desabada pelas águas de muitas cheias,
a casa se afogou
num silêncio de limo, folhas, telhas.

Mas a casa só morreu definitivamente
quando ruíram os esteios da memória
de meu pai,
neste verão dos seus noventa anos.

Durante mais de meio século,
sem voltar ao lugar onde nasceu,
a casa permaneceu erguida em sua lembrança,
as janelas abertas para as manhãs
do Paraná do Ramos,
a escada de pau-d’arco
que ele continuava a descer
para pisar o capim orvalhado
e caminhar correndo
pelo campo geral coberto de mungubeiras
até a beira florida do Lago Grande
onde as mãos adolescentes aprendiam
os segredos dos úberes das vacas.

Para onde ia, meu pai levava a casa
e levava a rede armada entre acariquaras,
onde, embalados pela surdina dos carapanãs,
ele e minha mãe se abraçavam,
cobertos por um céu insuportavelmente
estrelado.

Uma noite, nós dois sozinhos,
num silêncio hoje quase impossível
nos modernos frangalhos de Manaus,
meu pai me perguntou se eu me lembrava
de um barulho no mato que ele ouviu
de manhãzinha clara ele chegando
no Bom Socorro aceso na memória,
depois de muito remo e tantas águas.

Nada lhe respondi. Fiquei ouvindo
meu pai avançar entre as mangueiras
na direção daquele baque, aquele
baque seco de ferro, aquele canto
de ferro na madeira — era a tua mãe,
os cabelos no sol, era a Maria,
o machado brandindo e abrindo em achas
um pau mulato azul, duro de bronze,
batida pelo vento, ela sozinha
no meio da floresta.

Todas essas coisas ressurgiam
e de repente lhe sumiam na memória,
enquanto a casa ruína se fazia
no abandono voraz, capim-agulha,
e o antigo cacaual desenganado
dava seu fruto ao grito dos macacos
e aos papagaios pândegas de sol.

Enquanto minha avó Safira, solitária,
última habitante real da casa,
acordava de madrugada para esperar
uma canoa que não chegaria nunca mais.

Safira pedra das águas,
que me dava a bênção como
quem joga o anzol pra puxar
um jaraqui na poronga,
sempre vestida de escuro
a voz rouca disfarçando
uma ternura de estrelas
no amanhecer do Andirá.

Filho da floresta, água e madeira,
voltei para ajudar na construção
do morada futura. Raça de âmagos,
um dia chegarão as proas claras
para os verdes livrar da servidão.

Poesia de THiago de Mello : Tesouro Vivo da Amazônia